domingo, 5 de julho de 2009

Tudo começa do começo... Ou não?


Como não poderia deixar de ser, começa aqui mais uma jornada diária (ou será semanal? quinzenal?) na qual pequenos detalhes percebidos (ou não) podem (ou não) se tornar verdadeiros elementos capazes (ou não) de gerar grandes temas de discussão.

Essa frase com a qual inicio o primeiro de muitos posts (ou não), é a primeira leve percepção de que algumas verdades só as são diante determinados ângulos. O fim, que deveria ser levado em consideração em qualquer começo, acaba por ser injustamente ignorado.

1. Se eu vou comprar um livro, eu leio sempre e inevitavelmente (por mais que seja a indicação de alguém cujo conjunto de características me leve a ter uma idéia de que temos alguma afinidade) a sinopse ou os comentários da contracapa, que é o derradeiro fim.

2. Preste atenção ao seu jornal: seja online, seja impresso, seja televisionado, as informações sempre são dadas pelo fim, pelo resultado. Evidente o quanto isso resolve o problema dos mais apressados: "O dólar cai para 2,XX", "Empresas americanas buscam espaço no território brasileiro", tudo bem, mas e quando se retraram notícias que tratam explicitamente da construção do sentido de sociedade, de humanidade? "Empregada mata três crianças", "Padastro assassina enteado", isso agrega? Talvez isso devesse começar do começo (ou não), assim não teríamos acesso a uma manchete que no fim só banaliza atos ediondos ao invés de explicar as devidas circunstâncias da situação.

3. Quando um amigo(a) te procura ansioso por desabafar o fim (ou iminente fim) de um relacionamento e diz: "Mas eu vou mudar, eu juro!" e toda aquele blá, blá, blá.

Analisando esse conjunto de evidências, tenho uma conclusão (ou não):

Conforme podemos encontrar facilmente no dicionário, a palavra FIM (clique na palavra!) tem dois sentidos mais signiticativos (ou não). Um expressa a conclusão de algo e o outro a finalidade de algo.

Quando você começa, o fim já deveria estar presente, afinal todo mundo que começa algo, pretende alcançar o fim (mesmo que não seja esse mesmo alguém quem vai completar a ação). Todas as ações seriam mais coesas, mais prudentes e, portanto, mais corretas.

Insistimos em apenas conhecer o fim, e a recebê-lo como começo... Nos habituamos a contruir nossas opiniões baseados no fim, porque o dia-da-dia atarefado exige praticidade. Característica notada inclusive nas opiniões...

Eu defendo a necessidade de finalizar o começo (idéia), só pra depois de fato começar (ação).

Aí, por ser complicado, o fim nunca é levado a sério, todo mundo começa, começa, começa... e espera o fim. Agora, a esperança é que haja uma continuação... Ou não.